Foto de Pedro Correia
Há quatro anos, em Dresden, eu e o Pedro Correia, depois de mandarmos o serviço para o jornal, divertíamo-nos no bar do hotel, frente a um funcionário pouco simpático, a fazer comentários pouco abonatórios a respeito do dito, em Português, enquanto emborcávamos as nossas "grosse bier", e ríamos perdidamente. Coisas de putos. Aliás, é frequente que nos saudemos assim: "Como é que estás, miúdo?"
(e tem ele menos uma dezena de anos do que eu)
Soube, há cinco-dez minutos, que ganhou, com a foto que reproduzo acima, o Prémio Fotojornalismo Visão, a mais importante distinção, em Portugal, para repórteres fotográficos.
Fiquei tão feliz por ele, tão comovido, que me senti na obrigação de assinalar aqui o momento, mesmo sem autorização (o raio do chavalo tem o telemóvel desligado).
Reproduzo, para que fiquem em arquivo, os dois primeiros parágrafos do comunicado oficial. Por ti, Pedro, com o meu forte abraço:
"Pedro Correia, 28 anos, é o grande vencedor do 6º Prémio Fotojornalismo VisãoBES. Repórter do Jornal de Notícias, o galardoado fotografou sentimentos de tristeza e comoção durante o funeral de um agente da PSP morto na Amadora a 20 de Março de 2005.
"De entre 204 fotógrafos, com 5815 fotografias, Pedro Correia vence, também, na categoria Reportagem, com oito imagens a preto e branco tiradas durante o cortejo fúnebre do agente. Paulo Alves, 23 anos, foi um dos três polícias mortos em serviço na Amadora, ano passado."
Adenda: outro grande abraço para o Leonel de Castro (a loira), que venceu na categoria "Notícias", com uma foto de incêndios que não tenho aqui, para reproduzir.