A estátua do ardina, na Praça da Liberdade, junto aos Congregados, ostenta uma dúplice incorrecção política. Vende o "Jornal de Notícias", algo que, hoje, não agradaria aos do outro extremo da avenida, e fuma como uma chaminé, embora sempre o mesmo cigarro. Hoje, provavelmente, levantar-se-ia um coro estridente de vozes purificadoras, exigindo, eventualmente, que o homem trincasse antes uma palhinha. Assim foi feito com o cowboy que dispara mais rápido do que a própria sombra, como aqui se documenta, o que me leva a declarar solenemente: cresci a ver o Lucky Luke de cigarro na boca e, escrevo-o enquanto acendo um, posso garantir que em nada o boneco de Morris me influenciou, já que a estupidez própria manda bem mais do que um herói de banda desenhada.
1 Comments:
Espero que não tenha escapado ao teu olho minucioso que o Carteiro da Praça da Liberdade tem como companhia duas das Magnólias mais elegantes da Cidade.
Achega de quem te lê e aprecia o teu mordaz sentido de oportunidade.
Vira Vento.
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