«Coimbra, 16 de Abril de 1942 - Centenário de Antero. De fazer chorar as pedras. Que destino, o dos poucos grandes homens que aqui nascem! Em vida, é o calvário que sabemos: Camões a morrer de miséria, D. Francisco Manuel numa enxovia, Herculano sem forças diante de tanto lodo, Camilo a cavar romances com a fome com que o povo cava leiras, Soares dos Reis a matar-se de desespero e Gomes Leal a servir de bobo a Lisboa. Depois de mortos é a descida solene ao esquecimento, com a eterna lápide, o discurso oficial, e uma mocidade dessorada, de boca aberta, a assistir.»
in Diário II
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