Havendo aspectos positivos a destacar na actual gestão da Câmara Municipal do Porto, a política de excrementos terá de vir no topo da lista, não devendo ler-se aqui ironia em torno do que vai sendo redigido no site oficial do município. Refiro-me, com mais seriedade do que talvez imaginem, aos dispensadores de sacos para recolha de fezes caninas, cada vez mais visíveis por toda a cidade e, infelizmente, demasiado vanguardistas para a boçalidade dominante no país. Esta semana, tive, durante dois dias, a companhia do Sancho, amigalhaço que, normalmente, não está comigo. Vai daí, passeei-o pelas cercanias de minha casa e, de cada vez que ele entendeu adequado dar de corpo, usei os ditos sacos para recolher os presentes e depositá-los em contentores de lixo. A técnica é simples, põe-se a mão dentro do saco, agarra-se a fumegante matéria, vira-se o saco do avesso, deita-se fora. Não se toca em nada, pelo que os mais esquisitinhos não têm com que se preocupar. Imaginarão que não vejo prazer nenhum em mexer em excrementos de cão, mas este é o procedimento que sempre tive. Se o município não os disponibilizasse, levaria sacos no bolso, para esse efeito, como sempre fiz. Porém, o que vejo é que, pelo menos na minha rua, devo ter sido a primeira pessoa a servir-se dos sacos-cão. Evidentemente, porcos são os que não gostam de mexer. A falar muito a sério, nem são merecedores de ter cães. Sabem lá o que isso é.
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