1 comments | sexta-feira, setembro 22, 2006

Foto de POS
Palácio da Justiça, Porto

"E poderíamos colocar o mundo ao contrário: caça à multa para quem sorrisse pouco ou sem convicção, notícias sobre gente que nunca comeu algodão doce, advogados que acusam quem, violando o disposto no art. 21º do Código das Boas Maneiras Cívicas (e olha que a lei especial derroga a lei geral) não disse bom dia no elevador, pior, não sorriu nem disse bom dia..."

Mudando as leis e as práticas, redesenhando o mundo e reformulando a vida, mudariam as notícias. A regra transformar-se-ia em excepção, os leitores estariam habituados à manchete das rosas que floriram, ao suplemento dedicado aos novelos de algodão doce (há tantos anos não como algodão doce!...), à crónica discutindo os abraços, à reportagem sobre a epidemia de beijos, já para não falar sobre utopias mais correntes, como a paz mundial, desejada pelas misses, ou o fim da fome, indesejado pelos poderosos.

Recebi a sugestão que convosco partilho, em cima e em itálico, no pressuposto de que todos prefeririam ler sobre coisas boas, de que não haveria este maldito voyeurismo consagrado ao sofrimento alheio, de que as desgraças venderiam menos papel do que as graças. Assim não é, assim não será, mas viver é, provavelmente, sonhar com isso. E lutar por isso, mesmo que em pequenas quantidades.

1 Comments:

Blogger Joanissima said...

: )))

Dura lex sed lex... : )

Tens que voltar a comer algodão doce. De preferencia às duas da manhã num pós montanha-russa... (porque se chamará montanha russa e não montanha de política-externa-norte-americana?)

E então, como um qualquer anúncio de gelados... a vida sorri... : )

Um beijo. Demorado. : )

11:14

 

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