3 comments | sábado, setembro 23, 2006

Desde que li, há dias, que Pedro Arroja é "um dos mais importantes defensores da Liberdade que Portugal conheceu nas últimas décadas", tenho estado à espera da estreia do homem no Blasfémias, afinal o facto anunciado pela panegírica proposição, para comentar a ridicularia. Acontece que a première anunciada para a passada quinta-feira está ainda por acontecer, acredito que por insanáveis problemas técnicos, e já vários outros blogues estamparam as respectivas exclamações de espanto. Sem necessidade. Trata-se apenas de um problema de formatação mental. Enquanto há mortais, como eu, que associam luta pela liberdade ao tempo em que a liberdade, realmente, não existia (englobo aí todos os que combateram o Estado Novo e todos os que batalharam, em vários quadrantes, no processo revolucionário encetado em 25 de Abril de 1974 e estabilizado no fim do ano seguinte), quem escreve o que atrás citei apenas pensa nas liberdades individuais. Assim são os liberais mais puristas, os líricos que acreditam em ilusões como a auto-regulação ou a valorização do mérito individual, que apenas poderia funcionar sem arbitrariedades, ou seja, sem pessoas. Onde eles escrevem Liberdade, eu leio egoísmo. Apenas uma questão de perspectiva.

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NOTA: Como o blasfemo JCD esclarece na caixa de comentários, precipitei-me, uma vez que a estreia de Pedro Arroja está agendada para a segunda quinzena de Outubro. Disso peço desculpa aos leitores. Esclareço eu ainda que a ridicularia de que falo (uma opinião minha, claro) é o rótulo de "um dos maiores defensores da Liberdade". Nem Pedro Arroja nem os restantes blasfemos são ridículos. São apenas liberais.

3 Comments:

Blogger jcd said...

Basta ler:

«o Prof. Pedro Arroja passa a integrar a equipa de colaboradores do Blasfémias, onde começará a escrever regularmente na segunda quinzena de Outubro.»

A ridicularia terá que esperar.

15:46

 
Blogger POS said...

Na mouche, caro JCD... Resta-me baixar as orelhas. Devo ter ficado cego depois de ler que Pedro Arroja é "um dos mais importantes defensores da Liberdade", algo que me parece ridículo (sem que a esta palavra deva ser atribuído um valor mais gravoso do que o que realmente tem). Quanto ao resto, mantém-se. Resta-me esperar.

15:55

 
Blogger floreseabelhas said...

Não sei o que pensa PA sobre a Liberdade, mas fiquei esclarecida, há já uns anitos, relativamente ao que pensa sobre o trabalho infantil!

17:15

 

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