Pelos vistos, a questão da sonhada Ordem dos Jornalistas está, finalmente, a assumir os contornos de polémica blogosférica. Como em tudo, há gente mais e menos esclarecida, mais e menos emotiva... mais e menos de tudo. Mas este post, necessariamente rápido por falta de tempo, é apenas focado no sinal menos. O debate em torno da Ordem parece ser, afinal, um ataque à Direcção do Sindicato dos Jornalistas (SJ), da qual não possuo, evidentemente, qualquer procuração. Regra geral, salvo honrosas excepções, confundem tudo. Confundem, por exemplo, a Direcção do SJ com o Conselho Deontológico (CD), quando, como também já foi explicado, em caixas de comentários e pelo João Morgado Fernandes, que são coisas distintas, eleitas separadamente. Mesmo pessoas directamente afectadas por declarações patéticas do presidente do CD, como se vê aqui, confundem um pouco as coisas.
Mas não é isso que me importa, neste momento. Irritam-me os ataques pessoais, a partir do momento em que os considero injustos. Por isso, quero aqui dizer que trabalho com o Alfredo Maia há muitos anos, bebemos a nossa cerveja vespertina de vez em quando, tenho o maior prazer em comer com ele à mesma mesa, coisa em que a selectividade é sagrada. Em múltiplas circunstâncias, que para aqui não são chamadas, tenho concordado com ele, em tantas outras, que também não são chamadas para aqui, tenho discordado. Num ou noutro caso, digo-o sempre de viva voz, em privado ou em público. Porém, há algo de que não duvido. O Maia é alguém com uma capacidade de trabalho fora do comum, extremamente dedicado a uma causa colectiva em que acredita e pela qual tantas vezes se sacrifica, até no que à qualidade de vida respeita. Não merece, evidentemente, estar sujeito aos sinuosos ardis de alguns, aos ataques fáceis de outros, à ignorância de tantos outros. Mas também está habituado a essas coisas, pelo que a situação não me preocupa assim tanto. Só gostava que todos entendêssemos, pelo menos de vez em quando, que há sempre pessoas atingidas no meio destas coisas, pelo que temos de ter muita certeza do que dizemos, se não quisermos ser injustos.
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