Obrigado, Cafajeste... Sim, mas esse é - embora deprimente - um conceito associado a um local de trabalho. Em Lisboa e arredores (mais até nos arredores, suponho), as caves eram, nestes prédios das décadas de 6o e 70, apenas apartamentos mais baratos (o que não obsta a que fossem, eventualmente, ocupados por porteiras - também esta figura da porteira, muito vulgarizada nos prédios da classe média Lisboeta, nunca por cá vingou).
No final do século XIX desenvolveu-se no Porto, na arquitectura da casa burguesa, uma espécie de cave semelhante a essa. Era dominantemente ocupada pelos empregados da casa. Mas, durante o século XX, quando algumas dessas casas foram ocupadas por mais agregados, a cave era alugada por vezes a uma ou até mais famílias. Exemplos disto podem ser encontrados em ruas ocupadas por edificios das 3 últimas décadas de XIX e princípios de XX. É curioso que o intuito inicial destas era combater as ilhas, não permitindo o piso térreo que facilitava a criação de uma porta de acesso ao logradoudo na traseira da casa burguesa. Exemplares destes podem ser encontrados em ruas como a de 5 de outubro ou a de Barão de São Cosme.
Bravo, Ricardo, conheço bem essas caves, com uma portinhola de serviço que dava para junto à entrada da moradia, por dentro, para os serviçais acolherem os visitantes sem terem de atravessar a área nobre da residência. Mas estou convencido de que o conceito que mostro (e que já me impressionava em miúdo, quando visitava a zonde de residência de uma prima, em Loures) não existe por cá, ou seja, fazer na cave, com janelas como as que mostro, apartamentos mais baratos, com a mesma tipologia dos que estão para cima. Na rua onde cresci, por exemplo, vários prédios (dos anos 60) têm caves, mas são arrumos (bem amplos, por sinal) associados aos apartamentos que há do rés-do-chão para cima.
4 Comments:
No FOCO os apartamentos dos porteiros são nas caves...
Abr
11:55
Obrigado, Cafajeste... Sim, mas esse é - embora deprimente - um conceito associado a um local de trabalho. Em Lisboa e arredores (mais até nos arredores, suponho), as caves eram, nestes prédios das décadas de 6o e 70, apenas apartamentos mais baratos (o que não obsta a que fossem, eventualmente, ocupados por porteiras - também esta figura da porteira, muito vulgarizada nos prédios da classe média Lisboeta, nunca por cá vingou).
Abraço
12:20
No final do século XIX desenvolveu-se no Porto, na arquitectura da casa burguesa, uma espécie de cave semelhante a essa. Era dominantemente ocupada pelos empregados da casa.
Mas, durante o século XX, quando algumas dessas casas foram ocupadas por mais agregados, a cave era alugada por vezes a uma ou até mais famílias.
Exemplos disto podem ser encontrados em ruas ocupadas por edificios das 3 últimas décadas de XIX e princípios de XX.
É curioso que o intuito inicial destas era combater as ilhas, não permitindo o piso térreo que facilitava a criação de uma porta de acesso ao logradoudo na traseira da casa burguesa.
Exemplares destes podem ser encontrados em ruas como a de 5 de outubro ou a de Barão de São Cosme.
18:51
Bravo, Ricardo, conheço bem essas caves, com uma portinhola de serviço que dava para junto à entrada da moradia, por dentro, para os serviçais acolherem os visitantes sem terem de atravessar a área nobre da residência. Mas estou convencido de que o conceito que mostro (e que já me impressionava em miúdo, quando visitava a zonde de residência de uma prima, em Loures) não existe por cá, ou seja, fazer na cave, com janelas como as que mostro, apartamentos mais baratos, com a mesma tipologia dos que estão para cima. Na rua onde cresci, por exemplo, vários prédios (dos anos 60) têm caves, mas são arrumos (bem amplos, por sinal) associados aos apartamentos que há do rés-do-chão para cima.
16:00
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