Torre dos Clérigos, Porto
Se dúvidas tinha, poucas eram. Perdi-as ao assistir ao debate sobre o programa de entretenimento “Grandes portugueses”. Um bom debate, por sinal, na medida em que deu para perceber melhor o que o programa significa, seja ou não um jogo sem importância. Claro que não voto em ninguém. Não quero. Nem sei em quem poderia votar, pois essa ligeireza de dizer “é grande” só é aplicável ao F.C. Porto. Prometo voltar ao assunto, partindo do confronto entre Luís Reis Torgal (sistematicamente silenciado pela frenética Maria Elisa, porque estava dizer coisas importantes mas incómodas para o espectáculo) e José Hermano Saraiva, que foi fazer a defesa de Oliveira Salazar (nada de surpreendente) e manter a aura de grande divulgador da História, quando qualquer pessoa minimamente informada (e eu sou pouco informado) compreende que o senhor sempre foi o recordista nacional das tontarias históricas.
Além de Reis Torgal, também Eduardo Lourenço (sempre notável, mas, no caso, preocupado em não melindrar os anfitriões) e Ricardo de Araújo Pereira contribuíram para que o programa fosse mais do que propaganda. Lídia Jorge e Joana Amaral Dias também o fizeram, mas só episodicamente. O resto? Todos grandes tugas, em tudo o que tuga possa significar.
-------------------------------------------------------------------------
PS - Quando vi, há tempos, a Torre dos Clérigos empacotada numa grade de cerveja, fiquei horrorizado. Ainda estou. Pensei logo "tenho post" (a vida de blogueiro é assim), mas não tinha a máquina fotográfica nesse momento e adiei a coisa. Entretanto, Manuel Correia Fernandes escreveu superiormente sobre o assunto, no JN, e perdi a vontade. Vários blogues, depois, pegaram no assunto, mais ainda a perdi. Mas pronto, cá fica.
1 Comments:
Eu lembro-me de um programa semelhante ter sido feito aqui no Reino Unido ha cois ou tres anos, e de a Lady Di ter ficado colocada a frente do Churchill (o que serviu logo para comprovar a validade deste tipo de coisas...)
19:50
Enviar um comentário
<< Home