Estamos em 2006. Daqui a cem anos, para não ir muito longe, seremos vistos como primitivos por todos aqueles - a maioria, sempre a maioria - que não souberem beber da história o maior ensinamento, isto é, entender que cada época é o que haveria de ter sido porque assim era e ponto final. Ou seja, nunca se pode julgar o passado, muito menos à luz do presente. Porém, olhando este nosso presente à luz do passado em que assentamos (e já vem do medievo Bernardo de Chartres a ideia de que "somos como anões aos ombros de gigantes"), espanta-me, pelo que tenho ouvido e lido a propósito da questão do aborto, que haja tanta gente incapaz de compreender que a moral que julgam cristã é, afinal de contas, mera doutrina de eclesiásticos sedentos de poder, construída ao longo de séculos.
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