Porquê esse link Por causa do título do post? Se fosse para Aliados ainda entendia, agora para o "outro" que nunca disse nada sobre o assunto, francamente! (Ao contrário de BPP da qual apetece dizer que salvou a honra da família) Mas claro que o POS põe os links para onde bem entende e eu aproveito... E já agora queria só chamar-lhe a atenção que há uma certa incorrecção na leitura que faz das nossas reivindicações. Realça e bem um dos aspectos fundamentais do processo: a falta de participação, a sombranceria da imposição à cidade de modo autocratico uma "requalifição" radical e descaracterizadora. Mas quando diz por exemplo isto: «Então, o que é que me incomoda? Que queiram pôr tudo como estava. Porquê? Porque acho que estava mal, naturalmente, e porque considero insensato o argumento de que alterar o traçado das ruas e a largura dos passeios mexe com a história da cidade.» mostra que não está bem a par do que pretendemos. Por favor leia Por uma recuperação participada da Avenida dos Aliados e Praça da Liberdade respeitadora do património o nosso comunicado à imprensa.
Quanto à ideia que ninguém passeava na Avenida, isso continuo a afirmar "errado, errado", o POS pelos vistos não, mas as pessoas que vivem na Baixa (porque as há!) gostavam de passear lá. Pergunte-lhes como eu já perguntei e como ontem reportou o JornalismoPortoNet Boa folga Manuela
Sobre o link para o outro, pouco a dizer. Como usei um título que nele é recorrente (coisas simples/coisas complicadas...), fiz a ligação, uma espécie de piscadela de olho típica do mundo dos blogues. Adere a isso quem quer, não adere quem não quer, a importância é nula. Até porque, em verdade, nem tenho admiração especial pelo senhor, que também não é obrigado a pronunciar-se sobre este ou aquele problema só porque é de cá e, ainda por cima, pertence a uma família com antigas tradições na cidade. É que cada um é livre de decidir quais as causas que lhe parecem importantes e só fala delas se lhe apetecer (por exemplo, não me parece que o Germano fosse obrigado a pronunciar-se, e nem falei com ele sobre esse assunto). Mas, enfim, só queria dizer que essas história do link é igual a nada, e até sorrio ao ver que a Manuela, com essa sagacidade que tem mostrado, aproveitou a deixa para dar a alfinetada.
Sobre o resto, se calhar, até estamos de acordo em muita coisa. Claro que as noções de património são sempre polémicas, talvez um dia destes me apeteça dissertar aqui sobre o assunto. Ou talvez não, pois isto não passa de uma página pessoal, cujo estatuto editorial decorre do meu estado de espírito. Adiante. Li o comunicado que me indicou e vejo nele, reconheço, razoabilidade e empenho, algo diferente do que ia ouvindo, sábado, a alguns participantes mais radicais (havia um, por exemplo, que só dizia que o cavalo tinha de estar voltado para Lisboa, porque "é lá que está a palha").
Retenho um conceito: "A cidade nasce do encontro das pessoas, do seu trabalho em conjunto – é mesmo das maiores realizações da sociedade! Ignorá-las é, por isso mesmo, promover o seu desmembramento.". Claro que é bonito, claro que concordo, claro que penso que é assim que deve ser. Mas devemos ser razoáveis ao apontar os males da humanidade. Aludindo às comemorações da moda, certamente que os lisboetas amam a Baixa Pombalina, mas nenhum de nós está a ver o velho Sebastião José a promover o trabalho em conjunto da população. Note-se bem que, para mim, a cidade deve ser participada, mas convém notar que as cidades resultam de inúmeros factores, entre os quais algumas das mais atrozes arbitrariedades. Já estou a resvalar para caminhos dúbios, teria de me estender muito mais...
Enfim, quero apenas dizer que nestas questões não é fácil ver de que lado está a razão. É que se, por um lado, os valores da democracia participativa, que entendo serem os mais importantes, estão do vosso lado, por outro continuo a ter dúvidas quanto à argumentação que apresentam. Para já, não sou eu quem diz que está em curso uma requalificação "radical e descaracterizadora", depois, quando fala sobre as opiniões das pessoas, devo notar que sei muito bem que as respostas são sempre dadas em função daquilo que se pergunta... E, claro, creio que é urgente mudar a avenida, como muita coisa, porque estava mal. Mas isto não é mais do que uma opinião, que vale tanto ou tão pouco como qualquer outra.
Enfim, este arrazoado vai longo e confuso...
Termino a dizer o que digo sempre: gosto muito de a ver por cá :)
2 Comments:
Porquê esse link Por causa do título do post?
Se fosse para Aliados ainda entendia, agora para o "outro" que nunca disse nada sobre o assunto, francamente! (Ao contrário de BPP da qual apetece dizer que salvou a honra da família)
Mas claro que o POS põe os links para onde bem entende e eu aproveito... E já agora queria só chamar-lhe a atenção que há uma certa incorrecção na leitura que faz das nossas reivindicações. Realça e bem um dos aspectos fundamentais do processo: a falta de participação, a sombranceria da imposição à cidade de modo autocratico uma "requalifição" radical e descaracterizadora. Mas quando diz por exemplo isto: «Então, o que é que me incomoda? Que queiram pôr tudo como estava. Porquê? Porque acho que estava mal, naturalmente, e porque considero insensato o argumento de que alterar o traçado das ruas e a largura dos passeios mexe com a história da cidade.» mostra que não está bem a par do que pretendemos. Por favor leia Por uma recuperação participada da Avenida dos Aliados e Praça da Liberdade respeitadora do património
o nosso comunicado à imprensa.
Quanto à ideia que ninguém passeava na Avenida, isso continuo a afirmar "errado, errado", o POS pelos vistos não, mas as pessoas que vivem na Baixa (porque as há!) gostavam de passear lá. Pergunte-lhes como eu já perguntei e como ontem reportou o JornalismoPortoNet
Boa folga
Manuela
10:03
Olá, Manuela!
Sobre o link para o outro, pouco a dizer. Como usei um título que nele é recorrente (coisas simples/coisas complicadas...), fiz a ligação, uma espécie de piscadela de olho típica do mundo dos blogues. Adere a isso quem quer, não adere quem não quer, a importância é nula. Até porque, em verdade, nem tenho admiração especial pelo senhor, que também não é obrigado a pronunciar-se sobre este ou aquele problema só porque é de cá e, ainda por cima, pertence a uma família com antigas tradições na cidade. É que cada um é livre de decidir quais as causas que lhe parecem importantes e só fala delas se lhe apetecer (por exemplo, não me parece que o Germano fosse obrigado a pronunciar-se, e nem falei com ele sobre esse assunto). Mas, enfim, só queria dizer que essas história do link é igual a nada, e até sorrio ao ver que a Manuela, com essa sagacidade que tem mostrado, aproveitou a deixa para dar a alfinetada.
Sobre o resto, se calhar, até estamos de acordo em muita coisa. Claro que as noções de património são sempre polémicas, talvez um dia destes me apeteça dissertar aqui sobre o assunto. Ou talvez não, pois isto não passa de uma página pessoal, cujo estatuto editorial decorre do meu estado de espírito. Adiante. Li o comunicado que me indicou e vejo nele, reconheço, razoabilidade e empenho, algo diferente do que ia ouvindo, sábado, a alguns participantes mais radicais (havia um, por exemplo, que só dizia que o cavalo tinha de estar voltado para Lisboa, porque "é lá que está a palha").
Retenho um conceito: "A cidade nasce do encontro das pessoas, do seu trabalho em conjunto – é mesmo das maiores realizações da sociedade! Ignorá-las é, por isso mesmo, promover o seu desmembramento.". Claro que é bonito, claro que concordo, claro que penso que é assim que deve ser. Mas devemos ser razoáveis ao apontar os males da humanidade. Aludindo às comemorações da moda, certamente que os lisboetas amam a Baixa Pombalina, mas nenhum de nós está a ver o velho Sebastião José a promover o trabalho em conjunto da população. Note-se bem que, para mim, a cidade deve ser participada, mas convém notar que as cidades resultam de inúmeros factores, entre os quais algumas das mais atrozes arbitrariedades. Já estou a resvalar para caminhos dúbios, teria de me estender muito mais...
Enfim, quero apenas dizer que nestas questões não é fácil ver de que lado está a razão. É que se, por um lado, os valores da democracia participativa, que entendo serem os mais importantes, estão do vosso lado, por outro continuo a ter dúvidas quanto à argumentação que apresentam. Para já, não sou eu quem diz que está em curso uma requalificação "radical e descaracterizadora", depois, quando fala sobre as opiniões das pessoas, devo notar que sei muito bem que as respostas são sempre dadas em função daquilo que se pergunta... E, claro, creio que é urgente mudar a avenida, como muita coisa, porque estava mal. Mas isto não é mais do que uma opinião, que vale tanto ou tão pouco como qualquer outra.
Enfim, este arrazoado vai longo e confuso...
Termino a dizer o que digo sempre: gosto muito de a ver por cá :)
17:39
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