Escrever nunca é a justa medida do sentir. As palavras são escolhidas, medidas, sofridas mas pensadas. Nada como o vórtice por onde a alma rodopia arrastando as entranhas, turvando o olhar e esquartejando a percepção do mundo. Da vida. Frases não passam de avatares da dor ou da alegria. Quando uma ou outra são demasiado intensas, percebemos que a linguagem não é mais do que fraca aproximação, engano em que mergulham desenganos, ilusão em que os desiludidos buscam alívio. Escrever não é terapia, apenas sintoma. Apenas febre. Apenas ferida. Máscara apenas.
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