3 comments | domingo, dezembro 25, 2005

Não acredito no Pai Natal. Tenho a sensação de que não existe, apesar de já me ter vestido como ele uma vez. Nesta altura do ano, as cartas que escrevíamos a pedir presentes eram bem diferentes das das crianças de agora. Mais modestas, porque não havia nessa altura a exposição ao marketing destes dias, e dirigidas não ao gordo das barbas brancas, mas ao Menino Jesus propriamente dito (além de que os presentes eram postos à volta da árvore de Natal, quando estávamos a dormir, e acordávamos no frenesim de as ir buscar).

Portanto - vamos ao que interessa -, o Menino Jesus fez-me chegar um DVD duplo com o filme "Tommy", de 1975, baseado no conceito de Pete Townshend e na música dos The Who. Enquanto eu e o meu irmão nos entretínhamos a ver os extras, ficámos ambos perplexos com uma afirmação do realizador, Ken Russell, dizendo que esta é a única ópera-rock alguma vez produzida. Discordámos ambos, pois "Jesus Christ Superstar" é muito mais ópera, pelo conceito dramático associado ao género, e é rock, com certeza (basta recordar que, no palco londrino, JC era encarnado por Ian Gillan, vocalista dos Deep Purple). Talvez o problema de Russell esteja em reconhecer mérito a Andrew Lloyd Webber, porque há sempre gente a quem a popularidade alheia desagrada, mas a (minha) verdade é que o autor de alguns dos musicais de maior sucesso dos últimos 40 anos está associado a várias das mais belas canções alguma vez escritas.

Encontro, assim, o pretexto para alterar a música disponível no cantante ali do lado. Não são os The Who nem é nada de "Jesus Christ Superstar", mas a arrepiante "The music of the night", um dos momentos mais fortes de "The phantom of the opera", aqui cantada por Loren Geeting. É só clicar na setinha do "play". Vai com dedicatória implícita, mas é para toda a gente que gostar.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

The Phantom of the Opera é foleiríssimo e a única coisa que o Andrew Lloyd Weber fez de realmente bom foi mesmo o Jesus Christ Superstar. Mas prontos! É assinhe!

19:06

 
Blogger POS said...

Só alguém que se chame anonymous consegue ter opiniões tão definitivas e, provavelmente, acreditar nelas. Algo como as cartas anónimas que António Botto mandava, do Brasil, a críticos literários, como João Gaspar Simões, insultando-os. Mas esse, pelo menos, ainda se dava ao trabalho de assinar Mário...

21:22

 
Anonymous Anónimo said...

Beijocas doces... daquelas que fazem mal, mas sabem tão bem @--;--

14:37

 

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