"Velho Porto" e edifício de Fernando Távora
Todos os jornais, incluindo o meu, usam imagens do edifício que aqui se mostra, a propósito do falecimento do arquitecto Fernando Távora. Chamam-lhe todos, erradamente, "Casa dos vinte e quatro". Aliás, cumprindo uma regra jornalística, usam "24", como se estivessem a contar melões. Ora, dá-se o caso de a "Casa dos vinte e quatro", no Porto, nunca ter tido muita importância. Existiu, como pretensão de copiar a organização dos mesteirais de Lisboa, mas nunca chegou a ponto de ter, digamos, instalações próprias (no Porto, o poder foi sempre dos mercadores de grande trato, não dos mesteirais). Ora, como já uma vez se escreveu neste blogue, a torre de Távora foi erguida sobre o pouco que restava da medieva Casa da Câmara. Há quem admita que o povo pudesse ter usado essa relação com os "vinte e quatro" por ser ali que, antes da procissão do Corpus Christi, os representantes dos mesteres vestiam as roupagens de cerimónia, saindo por uma porta que dava para a Sé. Mas isso não é assim tão claro. Quanto à estátua, que simboliza o Porto, estava esquecida, como bem refere o "Diário de Notícias", nos jardins do Palácio de Cristal. Antes disso, encimava o frontão dos antigos Paços do Concelho, demolidos na operação de "requalificação urbana" que permitiu rasgar a Avenida dos Aliados...
2 Comments:
Adquire um triciclo.
16:49
E entre a Câmara e o Palácio quedou-se durante muitos anos, num placa relvada, à entrada do Largo Actor Dias, junto ao que resta das muralhas fernandinas.
15:30
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