0 comments | sexta-feira, julho 09, 2004

Quando votei num presidente da República, estava à espera de um estadista com opinião própria, que a soubesse ter em conta nas poucas ocasiões em que tal lhe é consequentemente permitido. O homem acabou de dizer que não é notário, mas é. Se eu quisesse um simples árbitro, tinha votado em Martins dos Santos, que sempre é portista. Jorge Sampaio, ao ser cúmplice da sinistra tomada do Governo pela dupla Santana/Portas, manchou de forma indelével o seu mandato. Este nunca deveria ser um dia histórico, mas o golpe de Estado que vivemos pode tomar, pela negativa, tal sentido. É um dia triste. Dia de um tempo em que faltam os grandes homens. Um tempo turvo, cinzento.