“My name is Bond, James Bond” é a última frase do filme. O início de tudo a fechar o episódio, porque, até aí, assistimos a um processo de construção. Não entender isso é não gostar de “Casino Royale”, o que é pena, seja-se ou não fiel ao culto da personagem de Ian Fleming (ler do universo cinematográfico criado por Albert R. Broccoli). Daniel Craig é a pele perfeita – a pele esmurrada – desse 007 que germina, num presente que precede todos os anteriores passados, o que traduziria uma impossibilidade, caso houvesse lógica sequencial na série. Tem sido metralhado por todos os puristas, que sonharam juventude eterna para Sean Connery, com argumentos estranhos como o de dizer que é o primeiro Bond louro, o que pressupõe despejar em Roger Moore um balde de tinta preta. Craig é um Bond duro, duríssimo, porque ainda inseguro, porque ainda às apalpadelas para entrar no mundo em que o temos visto desde “Dr. No”. Não é imbatível nas cartas, não vê as mulheres como artigo descartável, é extremamente físico e pouco mostruário dos “gadgets” de “Q”, que nem aparece neste filme. É humano e muito convincente. Só isso.
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