Voo sobre as águas, pairando, paro no instante congelado de uma recordação. Posso mais do que as gaivotas, que não param refasteladas no sonho. Mas quem sou eu para dizer que as gaivotas não sonham, que não vêem a plenitude plasmada na planura? Apenas posso saber que parei sobre o Douro, à boleia das asas abertas. Que vi o meu sorriso espelhado no rio que o céu pintava. Que sonhei. E que acordei na margem, olhando o relógio e saindo desenfreado para a correria da rotina. Para almoçar, pelo menos.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home