Post retirado do Viagem pelas ruas da amargura, simplesmente porque já lá está tudo e, assim, é mais fácil (mantenho os "bolds" postos pelo Paulo).
«Último parágrafo da crónica de Miguel Sousa Tavares no “Expresso” de hoje
(aqui reproduzido por não ser assinante):
«“Ao contrário da maioria das opiniões, não penso que os actuais males de
que padece a nossa informação tenham que ver com maus jornalistas. Essa
parece-me uma acusação demasiado fácil para ser deixada no ar,
sem sequer se tentar perceber as razões que impedem o bom jornalismo. E estas, a
meu ver, são, essencialmente, duas: as dificuldades crescentes no acesso
à informação e a debilidade económica das redacções
para fazerem, já não digo um jornalismo de investigação, mas ao menos um jornalismo de rigor. Estamos a cada vez mais reduzidos a um
“jornalismo sentado”, à espera do toque do telefone ou da denúncia de fontes não
identificáveis. E feita por uma nova geração de jornalistas miseravelmente paga, mal ensinada e mal treinada, sem condições
sérias de trabalho e sem nenhuma motivação para cumprirem o sonho, a vocação e o
sentido de missão que os levou a quererem ser jornalistas. É uma profissão
nobre, que o ar dos tempos vai aos poucos reduzindo a um estatuto de
desilusão e impotência. Mas disso, quem quer saber?”»
4 Comments:
Concordo e estendo a outras áreas profissionais.
18:17
Este é o jornalismo que interessa aos poderes vigentes e cada vez mais abrangentes: o económico e o político! E, curiosamente, é preciso ter poder, amigos ou influências entre esses dois poderes, onde estão as pessoas que detêm as empresas que têm posse sobre os Órgãos de Comunicação Social...
Kopo!
03:40
As instituições que mais dificultam o acesso livre à informação, são muitas das vezes, as mesmas que se queixam do mau jornalismo. É o caso paradigmatico da CMP.
18:51
Coorporativismo e mais coorporativismo..........
Uni-vos incompetentes........
Já alguém viu uma reportagem séria feita por jornalistas portugueses?
Veja-se o caso espanhol.
O que estes jornalistas fazem é teorizar sobre teorias.
O resto? Bem o resto verga-se perante os poderosos.
23:58
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